A sintonia entre os dois modelos de negócios pode trazer resultados muito expressivos para os dois lados, além de grandes aprendizados.
Pense naquele contexto familiar em que dois irmãos custam a se entender como deveriam. O mais velho é mais cabeça dura e custa a respeitar as ideias do mais novo. E o caçula, por sua vez, acha o irmão quadrado e antiquado. Os dois vivem “batendo cabeça”, mas a verdade é que poderiam crescer muito se conseguissem deixar as diferenças de lado. A analogia simples e muito familiar para várias pessoas reflete um pouco os conflitos que podem acontecer entre startups e grandes corporações. Há casos em que as diferenças acabam gerando mais problemas do que benefícios, mas o fato é tanto startups quanto grandes corporações têm muito a aprender umas com as outras.
Por um lado, startups são conhecidas pelas ideias arrojadas, o modo disruptivo de pensar, os métodos rápidos de validação e a disposição ao risco para que seus projetos sigam adiante. Em contrapartida, não possuem o aparato e a robustez de estrutura e segurança financeira que costuma fazer parte da rotina das grandes empresas.
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Os grandes conglomerados, apesar dos recursos que dispõem, muitas vezes seguem atrelados a processos excessivamente burocráticos, engessados e possuem dificuldades para se reinventarem e acompanharem as mudanças aceleradas pelas quais o mundo passa.
Esse contexto, no fim das contas, acaba colocando essas grandes empresas também em situação de risco, independentemente da capacidade de caixa que elas possuam. Neste sentido, o nosso foco de trabalho é levar metodologias rápidas aplicadas em startups para dentro da cultura de grandes empresas. De um modo mais simples, mostramos ao irmão mais velho de forma o modo de pensar no caçula pode ajudá-lo a evoluir com mais rapidez.
Os problemas mais comuns que precisam ser superados
Conflitos de interesses e prioridades diferentes são alguns dos entraves que podem surgir quando uma grande empresa procura seguir um projeto com uma metodologia ágil aplicada em startup. No entanto, vale reforçar a necessidade de buscar caminhos para superar esse entraves, em vez de encará-los como barreiras intransponíveis.
A agenda financeira pode ser uma dessas pautas. Enquanto grandes conglomerados, em geral, se organizam trimestralmente, as startups normalmente precisam de uma resposta financeira mais rápida. Neste sentido, a adequação entre metodologia aplicada e recursos disponíveis é um dos ajustes que precisa ser feito com clareza.
O diálogo entre diferentes áreas da empresa também precisa ser transparente. É comum surgir um sentimento de estranhamento com novas diretrizes, projetos ou transformações no método de trabalho. O espírito colaborativo e a transparência na comunicação são cruciais para que ninguém se sinta ameaçado. Além disso, essa transparência é necessária para que todas as partes consigam ter clareza dos processos.
Para além disso, não basta apenas falar em inovação. Para que ideias inovadoras de fato saiam do papel, é preciso que todos estejam na mesma página. É por isso que é de suma importância envolver diferentes áreas de uma empresa em processos de transformação. Para que uma vez que a inovação comece a ser colocada em curso internamente, a aderência de todos seja proporcional aos esforços empreendidos.
Quer entender melhor como sua empresa pode se beneficiar de processos ágeis aplicados em startups? Escreva para a gente no contato@improve.business e vamos bater um papo a respeito do seu contexto.
Por fim, nossa dica de hoje é a leitura do livro “A Startup Enxuta”, de Eric Reis. O livro é focado em mostrar como empreendedores usam a inovação contínua para criar empresas bem-sucedidas.
Conteudo produzido por Karina Alves.